Lugar de fazer morada
Correspondência entre duas amigas que se abrigam nas palavras
Carolina Delboni e Juliana Pinheiro Mota
Sinopse
“Cartas trazem e levam intimidades, segredos, dores, apoio, busca de ternura, companheirismo, trocas. Sem tirar o pé do chão, estas duas, escrevendo uma à outra, encontraram a maneira de resistir ao isolamento, as proibições, limitações e normas drásticas da pandemia. Com leveza, crueza e humor. Um dos belos livros deste ano.”
— Ignácio de Loyola Brandão
O mundo nunca prescindiu de comunicação; menos ainda de sociabilidade. Dos afetos, então, nem se fala. Mas, do dia para a noite, ficamos todos isolados. As cidades ficaram desertas, e a vida como conhecíamos parou. Foi a partir daí que Carolina Delboni e Juliana Pinheiro Mota passaram a se corresponder, escrevendo cartas que funcionaram como uma espécie de exercício exploratório de seus universos particulares em quarentena, e que agora ganham também morada nesse livro, reunindo as correspondências que trocaram durante esse período. Nelas, as autoras compartilham suas experiências na nova rotina, e pensamentos e reflexões sobre sentimentos, sobre a vida, sobre a sociedade e a arte, fazendo um registro delicado e íntimo de um dos momentos mais difíceis da história.
As correspondências trocadas nesse período, que aconteceram por meio virtual e por vezes de forma fragmentada, ganham agora edição impressa com cartas inéditas e outras publicadas na íntegra. Além disso, as autoras se debruçaram sobre o gênero epistolar, escrevendo textos sobre o passado e o futuro do gênero, no qual refletem sobre as múltiplas facetas da escrita de cartas e sobre a importância histórica e literária das correspondências como registros de determinadas épocas. Para fechar, o leitor também vai encontrar uma lista comentada de livros para quem quiser se aprofundar ainda mais na leitura do gênero.
Sobre as autoras
Carolina Delboni é jornalista e escritora. Colunista do Estadão, especialista em educação e comportamento de crianças e adolescentes. Pedagoga e pós-graduada em educação infantil, tem especialização em garantia de direitos da criança pequena por meio de práticas de leitura literária e foi redatora-chefe da revista Pais&Filhos. Também escreve sobre os caminhos femininos e feministas na revista Tpm e como colunista do site SheTalks. Atuou por 15 anos em moda, como editora da revista Vogue, do jornal Folha de S. Paulo, do site Chic e do SPFW entre outros. Hoje, se dedica a escrita literária e está cursando a formação de escritores no Instituto Vera Cruz.
Juliana Pinheiro Mota é jornalista e há décadas colaboradora da revista Vogue e criadora de conteúdo estratégico talkability para marcas de luxo. Fundadora e curadora da página do Instagram Radar55 | @radar55brasil: Drops diários de inspiração, desde 2008. Como uma antena que mapeia o desejo coletivo, o Radar55, em sua nova visão, enfatiza movimentos para enlevar o espírito com suas hashtags #danceatéopulmãoinflar e #olharemosmaisparaocéu.
Juliana é mãe de Antonio, de 5 anos. Em sua trajetória profissional editou revistas, livros e sites e assinou colunas nas revistas Tpm e Domingo, do Jornal do Brasil. Segue em busca de um "final interessante". "Final feliz" é pouco.